Graduação em
SERVIÇO SOCIAL
Modalidade
Bacharelado
Presencial
Duração
4 Anos
Carga Horária
3.020
Horas/Aula
Conceito MEC
Sobre o curso
The role of the Administrator must understand and recognize the conceptual skills of the various functions in an organization, also contemplating social responsibility as an agent of change in the context in which it is inserted.
The professional trained in Administration will be ready to work in different areas in companies and at any level. You can work as a team leader, manager, director, executive and as a consultant.
Renewed recognition by
Concept 3 in the MEC Evaluation
Modality: Bachelor
Course type: On- campus
Duration: 4 years / 8 semesters
Hours: 3,280 class hours
Monthly fee: R $ 790.70
KNOW MORE
As mudanças ocorridas no mundo do trabalho e das relações sociais no final do século passado, puseram em curso novas demandas de educação superior. Portanto, cabe às IES não apenas a produção do conhecimento científico e tecnológico, mas também o desenvolvimento de ações de natureza crítica e criativa voltadas para a sociedade, nela intervindo e transformando.
A relação pedagógica confere ao docente uma autoridade emanada da sua condição de detentor de um saber que precisa ser comunicado. Disso resulta não somente a influência do docente sobre os discentes, com o estabelecimento de um conjunto de relações e circunstâncias complexas e diversificadas que precisam ser administradas pelo docente como mediador do ato de aprender. Assim, pensar na formação do profissional significa desenvolver competências para o enfrentamento de complexidades que a profissão exige.
Nesse sentido, o Projeto Pedagógico do Curso – PPC de Serviço Social, adota o entendimento de competência como o conjunto dos recursos que se mobiliza para o agir. “As competências tratam sempre de alguma forma de atuação, existindo apenas ‘em situação’ e, portanto, não podem ser aprendidas unicamente no plano teórico, nem no estritamente prático” (Parecer CNE/CPnº28/2001). A competência para uma prática de melhor qualidade, exige do processo de formação profissional uma compreensão de escola, de sociedade e de homem, pautada numa visão crítico-reflexiva que garanta aos profissionais em formação, autonomia no desenvolvimento de seus saberes e fazeres, frente às situações cotidianas.
As Diretrizes Curriculares Nacionais instigam reflexões de natureza teórico-metodológica, que se caracterizam por uma nova qualidade no interior do debate profissional. A partir delas, surgem também produções teóricas e debates públicos em termos de refletir sobre as suas consequências práticas no plano da formação profissional. A qualidade exigida nessa lógica curricular, impulsiona para a reflexão sobre os fundamentos da vida social e do próprio Serviço Social como profissão, incorporando novos conceitos e exigindo novos olhares.
Nesse caso, as mudanças no mundo do trabalho e as novas configurações da sociedade contemporânea em suas políticas, são imperativas na exigência de um novo perfil de profissional e, consequentemente, de formação profissional, que responda aos novos processos de trabalho e às novas demandas sociais, cujo conhecimento se alimenta e se reconstrói a partir de uma prática social significativa que pressupõe uma sólida formação teórica, compreendendo:
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o Serviço Social se particulariza nas relações sociais de produção e reprodução da vida social como uma profissão interventiva, cujo objeto se delineia a partir das manifestações da questão social;
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a relação do Serviço Social com a questão social – matéria prima da intervenção do Assistente Social – é mediatizada por processos sócio-históricos e teórico metodológicos inerentes a seu processo de trabalho;
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o agravamento da questão social, a partir do processo de reestruturação produtiva no Brasil e da implementação do projeto neoliberal, impõe mudanças no campo de ação do Assistente Social;
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o processo de trabalho do Assistente Social é determinado pelas configurações estruturais e conjunturais da questão social e pelas formas históricas que o seu enfrentamento conforma, através das políticas e lutas sociais.
Nessa mesma perspectiva, os princípios que fundamentam a formação profissional orientam-se para:
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Flexibilidade de organização dos currículos plenos, manifestada na possibilidade de definição de disciplinas e outros componentes curriculares;
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Rigoroso trato teórico, histórico e metodológico da realidade social e do Serviço Social, que permita a compreensão dos problemas e desafios com os quais o profissional se depara no cotidiano;
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Adoção de uma teoria social critica;
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Superação da fragmentação de conteúdos na organização curricular;
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Estabelecimento das dimensões investigativa e interventiva, como princípios formativos;
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Padrões de desempenho e qualidade idênticos, para cursos diurnos e noturnos;
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Interdisciplinaridade no trato das questões postas pela realidade, reconstituindo a complexidade dos fenômenos sociais;
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Indissociabilidade entre o ensino, a pesquisa e a extensão;
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Pluralismo teórico como eixo na construção da direção social da formação profissional;
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A ética como elemento formativo fundante;
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Atrelamento do estágio à supervisão acadêmica e profissional.
Considera-se portanto, imperativo, a implantação do Curso de Serviço Social pautado nas Diretrizes Curriculares e nos processos gerais dinamizados pelas organizações de classes, articulado sobretudo, com a flexibilização da estrutura do curso, com atividades diversificadas, criativas e dinâmicas no processo ensino-aprendizagem.
A proposta tem o entendimento de que a teoria é a base sobre a qual se constroem e reconstroem as competências profissionais, portanto, deve pautar-se na articulação teoria x prática, devendo as disciplinas evidenciarem essa relação. Nessa abordagem os conteúdos serão considerados tanto os problemas relacionados ao campo de atuação do futuro profissional, como também os da sua realidade cultural, social e econômica, exigindo que a formação inicial, tenha clareza quanto à relação entre os conteúdos trabalhados e o currículo a ser desenvolvido, tenha lugar privilegiado no espaço curricular: a iniciação à pesquisa, a atitude problematizadora e investigativa de docentes e discentes, constituindo um instrumento de ensino e um conteúdo de aprendizagem com foco no processo ensino-aprendizagem dos conteúdos curriculares.
Convém ressaltar que a formação profissional do assistente social deverá priorizar aspectos relacionados à interdisciplinaridade, à flexibilidade curricular, à indissociabilidade entre teoria e prática. Assim, a matriz curricular do Curso de Serviço Social deve estar articulada com a visão orgânica do conhecimento, em oposição à multiplicidade desordenada das especializações do saber e da falta de unidade específica entre as disciplinas do Curso.
Entende-se que é preciso assegurar, na formação do assistente social, a sistematização e o aprofundamento de conceitos e relações expressas nas e pelas disciplinas indispensáveis ao desenvolvimento de suas competências profissionais, o que não significa uma defesa da compartimentalização e isolamento dessas disciplinas.
Nesse sentido, a construção do conhecimento deve ter um caráter dialético entre o mundo contemporâneo, diferentes linguagens, novas tecnologias e novas configurações de conteúdos já consagrados. As disciplinas devem buscar não apenas a formação específica, mas também a relação com outras áreas do conhecimento, tendo na interdisciplinaridade um dos princípios norteadores das atividades acadêmico-científicas do Curso.
Dessa forma, a interdisciplinaridade no projeto pedagógico constitui-se em um desafio de superar a cultura escolar rígida e fragmentada, de modo geral presente nos currículos dos Cursos de bacharelado, nos quais se justapõem, de um lado as disciplinas específicas; e de outro, as metodologias, os fundamentos da formação e o estágio de forma compartimentalizada e isolada. Nesse contexto, cresce a responsabilidade dos educadores em promover um ensino organicamente integrado, para que os discentes adquiram as habilidades de investigar, compreender, comunicar e, principalmente, relacionar o que aprendem a partir do seu contexto social e cultural.
Outro princípio que se destaca na construção do currículo do Curso de Serviço Social é da flexibilidade, evidenciada em diferentes perspectivas: na eliminação da rigidez estrutural do Curso, na organização dos tempos e espaços e no tratamento dos conteúdos. Isso porque a organização do currículo deve contemplar uma formação flexível, voltada também, para o aprofundamento de conhecimentos específicos, identificados como significativos na realidade social e educacional que atendam aos interesses dos discentes. Além disso, deve-se valer das diversas tecnologias de informação e de comunicação como possibilidades de desenvolver no cotidiano do curso os conteúdos das diferentes disciplinas e, ainda, diversificar os espaços educacionais extrapolando, os limites da escola e da sala de aula.
Portanto, as diretrizes curriculares se impõem às demandas de uma formação teórico-metodológica, ético-política e técnica, visando:
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A priorização de uma leitura crítica do processo histórico, apreendido em sua totalidade;
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A investigação sobre a formação histórica e os processos sociais contemporâneos que norteiam a constituição da sociedade brasileira, sob o modelo de produção capitalista;
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Apreensão do significado social da profissão nos seus produtos/respostas, diante das diversas conjunturas;
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Compreensão das demandas postas ao Serviço Social pela via do mercado de trabalho, e das mudanças nas relações público e privado, e na gestão das políticas sociais do Estado brasileiro;
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Fortalecimento do exercício profissional em sintonia com as competências e atribuições estabelecidas na legislação profissional vigente.